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25
Set
12

Também é preciso conservar as conservas portuguesas e a melhor maneira de conservá-las é comê-las

 

 

 

Os enlatados têm má fama porquê? É um preconceito antiquado que data da nossa adesão ao mundo maravilhoso dos congelados.

Mesmo os produtos que se congelam melhor (ervilhas, framboesas) são melhores, mais baratos e mais amigos do ambiente nas boas versões enlatadas.

 

 

Uma lata de ervilhas é um milagre. As ervilhas frescas são cozidas dentro da lata e lá ficam magicamente preservadas, sem precisar de frigorífico. Compare-se com o pesadelo energético de congelar ervilhas, transportá-las congeladas e mantê-las congeladas até nós as comprarmos, para irem para o nosso congelador gastar mais eletricidade até ao dia em que decidimos comê-las.

Não posso falar em marcas (porque não conheço nem metade delas) mas desde já afirmo que a qualidade varia muito - e que, na grande maioria dos casos, não é pelo preço superior que se descobrem as melhores conservas. Nos hipermercados, por exemplo, há marcas próprias de conservas de vegetais e legumes, em frasco de vidro e em lata, que são melhores do que aquelas das marcas mais conhecidas.

As conservas servem para alargar os nossos horizontes: corações de alcachofras, cardos, palmitos, escorcioneiras, raízes de aipo, por um mundo inteiro sem fim.

 

 

A despensa é uma arma secreta. Havendo cebolas, tomates, alho e louro, há muito que se pode fazer só com latas. A Maria João faz um delicioso "arroz de tudo" em que o "tudo" se refere a tudo o que há na despensa. Uma ou duas coisas de cada vez, claro.

Os espanhóis e portugueses são os mestres das conservas. A Espanha, sendo maior, tem grandes especialidades, como o pimento Piquillo de Lodosa. Desde que se instalou em Portugal o El Corte Inglês, tem sido possível explorar a enorme quantidade e qualidade de conservas espanholas. Muitas vivem só da fama e outras são caras sem fazer sentido (os grelos galegos em lata, por exemplo) mas o melhor é deixar os preconceitos à porta e ir provando o que eles têm para nos oferecer. Prepare-se para grandes surpresas e, mais uma vez, não ligue aos preços nem às reputações.

 

 

Mesmo restringindo às conservas de peixe portuguesas, seria preciso escrever um livro para lhes fazer justiça. Felizmente que Henrique Vaz Pato fez isso mesmo: Sol & Pesca: Receitas e sabores das conservas portuguesas, publicado pelo Clube do Autor, é um manual heroico em que se celebram, com respeito, imaginação e inteligência, as conservas de peixe portuguesas.

Mesmo sabendo que o sector já não é o que era, parece que está a virar-se para uma renascença. O livro e o restaurante de Lisboa Sol & Pesca, onde foi buscar o título, muito contribuirão para isso.

 

 

Vaz Pato, ao contrário do que é hábito em Portugal, arrisca-se a ser exaustivo: eu, por exemplo, não sabia que havia conserva de peixe-espada preto de Sesimbra ou de truta de Aveiro em vinho branco.

 

 

É um livro que nos alegra cada vez que viramos a página. Em vez de chorar o que já foi ou de sonhar com o que poderia ser, Vaz Pato canta as maravilhas das muitas conservas que já há.

 

 

Mesmo o "caviar português" - as viciantes ovas de sardinha - têm um preço que não rebenta a bolsa de ninguém. Uma lata custa à volta de 10 euros (há quem as arranje mais baratas) e dá para banquetear duas pessoas. Atenção que há, pelo menos, uma dezena de marcas portuguesas. Todas são boas mas faça o favor de prová-las todas, sem ligar aos preços ou à beleza das embalagens.

As conservas, para o que são - peixinho nutritivo e guardadinho, que se leva num bolso - são baratas. Dizem que se pode viver anos numa ilha deserta só bebendo água doce e comendo sardinhas em azeite, com o cálcio dos ossos e tudo.

 

 

Têm fama de serem comidas de pobre? Só para quem é pobre de inteligência e de gosto. Se não aproveitarmos esta saborosíssima pechincha enquanto ela existir ela deixará de existir e, se tivermos muita sorte, regressará como produto de luxo, caríssimo.

As conservas são um luxo a que temos de nos dar, por muito pouco que nos custe - até para que não se tornem no luxo caríssimo que mereciam ser.

 

Bom Apetite!

 

publicado por Chef Michael Rocha às 12:35

| B iografia |

 

Julgo que é mais importante mencionar alguns factos importantes como surgiu este gosto pela cozinha, onde tem origem esta vontade de “ser alguém” no mundo da cozinha?

Comecei a cozinhar muito cedo com a ausência da minha mãe. Não quero mentir, não sou muito bom em datas, mas com sete ou oito anos já cozinhava alguma coisa e com 10 anos cozinhava a sério e com 15 anos já era um cozinheiro por necessidade.

Quando comecei a trabalhar nesta área, aliás, quiseram-me na Cozinha por mero acaso, o Cozinheiro para uma festa de Fim de Ano de uma Empresa de Eventos, despediu-se a ultima hora e quem acham que foram buscar. É mesmo, como eu digo na “hora certa no local certo”. Tentei durante estes anos todos ser cada vez melhor e aperfeiçoar-me. Tinha uma vocação natural, é o que me diziam, um dos meus grandes segredos do empenho e do suposto sucesso que tenho tido é nunca me ter desviado deste caminho de ser já um cozinheiro chefe como ter um Dom para tal e ponto final.

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